A tendência global de remunicipalização do saneamento: Paris, Berlim e mais 265 cidades optam pela gestão pública da água.
Enquanto algumas cidades brasileiras debatem privatizações, um estudo aponta para o crescimento da reversão na gestão do tratamento e fornecimento de água para as mãos públicas em escala global. Segundo pesquisa, desde o início do milênio, foram registrados 267 casos de “remunicipalização”, marcando um aumento significativo em relação aos três casos conhecidos em 2000.
Problemas recorrentes como serviços inflacionados, ineficientes e investimentos insuficientes impulsionam esse movimento. A constatação de tarifas elevadas, descumprimento de promessas e falta de transparência em privatizações e parcerias público-privadas (PPPs) levou várias cidades a reverterem suas decisões. Experiências de Berlim, Paris, Budapeste, Bamako, Buenos Aires, Maputo e La Paz estão entre os exemplos detalhados no estudo.
A autora do estudo, Satoko Kishimoto, destaca que as cidades estão retornando à gestão pública da água ao perceberem os problemas decorrentes das privatizações e PPPs. Essa mudança de tendência reflete a busca por soluções mais eficientes, transparentes e adequadas aos interesses da população.
fonte: BBC Brasil no Rio de Janeiro